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"Desde a idade de seis anos eu tinha mania de desenhar a forma dos objetos. Por volta dos cinquenta havia publicado uma infinidade de desenhos, mas tudo que produzi antes dos sessenta não deve ser levado em conta. Aos setenta e três compreendi mais ou menos a estrutura da verdadeira naturaza, as plantas, as árvores, os pássaros, os peixes e os insetos. Em consequência, aos oitenta terei feito ainda mais progresso. Aos noventa penetrarei no mistério das coisas; aos cem, terei decididamente chegado a um grau de maravilhamento - e quando tiver cento e dez anos, para mim , seja um ponto ou uma linha, tudo será vivo." (Katsuhika Hokusai, séc. 18-19)

18.12.07

A arte vista do abismo

A arte não é um estado cultural, o do bem-estar, do consumo, e até dos privilégios de que já desfrutam minorias afluentes. A arte só o é como o possível, o que pode ser, o que ainda não é, mas está anunciado nas próprias telas da Marcieli. Esse possível só o é, por sua vez, se mediado pela inconsciência da artista, pelo conhecimento sempre crítico. Deslizar sobre esta tela nos põe diante de um conjunto grande de incertezas em relação à sociedade contemporânea e à nossa incapacidade de sair do abismo que elas representam. De fato, isto é inédito.

Diogo Dubiela

Vídeo Arte - Dirigido por Diogo Dubiela

19.11.07

Doce negativo

Eu sinto que não existi, que nasci da lama como uma flor de lótus e tomei o corpo daquela criança feliz que teve seu espírito levado embora (...) . Alimento o pensamento e tenho medo de ser um ilusão, de não ter tido passado, de ser o personagem principal de um complô que passa de madrugada em um canal multimilionário à custa do meu reality-show. Um canal que minha tv obviamente não tem. Tenho medo de ser uma criação de laboratório sem capacidade para digerir as informações falsas do passado. Não sei se existo ou se sou uma mera lembrança de uma juventude. Sinto-me fora do meu corpo diversas vezes, vendo tudo de fora, de cima, como um mero telespectador de minha própria vida. Desconfio dos ponteiros e me transporto constantemente através de músicas, cheiros e fotos para outras frações de tempo e galáxias.

26.8.07

Às vezes menos é mais

Eu não me lembro bem em que ocasião eu vi a Marcieli pela primeira vez. Mas lembro-me muito bem dos sapatos amarelos e da meia arrastão. Não, não que eu tenha prestado atenção apenas nas suas pernas, embora elas jamais passem despercebidas. Mas convenhamos, quem não notaria uma baixinha de cabelo laranja e sapatos amarelos? Bem, olhares para lá, olhares para cá... Um bom dia aqui, um "oi! Tudo bem bem!" ali... O tempo passou e eu tinha cada vez mais certeza que aquela vizinha tinha era que morar comigo! Dito e feito. Hoje estamos aqui, morando juntos a seis meses, e realizando, o que possivelmente seja a primeira vernissage na história dessa casa de estudante. Antes de tudo, desculpem-me as informalidades deste texto, mas é que eu tenho o prazer de morar com a artista e, por isso me dou esta liberdade. Alguns acadêmicos dizem que suas pinceladas são displicentes. Outros dizem que seus desenhos possuem princípios aerodinâmicos. Mas eu digo que isso tudo é simplesmente surreal. Surreal como nós Marci. Morar cem um ateliê dentro de uma casa de estudante? Isso realmente é para poucos. É por isso que nós somos incríveis. E, muitas vezes, este é o melhor lugar do mundo, um lugar do caralho. Aqui é possível dormir, trabalhar, viajar, imaginar, tornar-se tela, tornar-se arte. Tudo aqui é arte, desde a tela na parede, até o cinzeiro sujo. Até os sonhos aqui são registrados e expostos como obra de arte! E se você me pergunta sobre a arte/obra da Marcieli, eu te respondo: Qual delas? As telas? Os desenhos? As roupas? A sua vida? São todos passivei de múltiplas interpretações. Você pode imaginar minhocas, fractais, fumaça, o que você quiser. Pode se enxergar desde uma plantação até um elefante. Os desafios são muitos, inclusive para os admiradores, mas a determinação e o jogo de cintura são maiores. E devido a isso que hoje eu posso dizer que, melhor coisa do mundo é você morar com uma artista plastica. E eu tenho muito mais para escrever, porém ás vezes, menos é mais. DD Este texto foi escrito pelo Diogo, e estava anexado ao cavalete, onde os presentes registraram sua presença e um pouco mais...

20.8.07

Fotos do caralho

A montagem...
Obrigada a todos por perderem a linha, entrarem no ponto e fazerem muita Arte...
"BHA!"

8.8.07

Vernissage

No dia 18 de o8, a partir das 18:18h, Eu e Diogo estaremos abrindo nosso quarto para amigos e simpatizantes de Arte Contemporânea. E para os curiosos...