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"Desde a idade de seis anos eu tinha mania de desenhar a forma dos objetos. Por volta dos cinquenta havia publicado uma infinidade de desenhos, mas tudo que produzi antes dos sessenta não deve ser levado em conta. Aos setenta e três compreendi mais ou menos a estrutura da verdadeira naturaza, as plantas, as árvores, os pássaros, os peixes e os insetos. Em consequência, aos oitenta terei feito ainda mais progresso. Aos noventa penetrarei no mistério das coisas; aos cem, terei decididamente chegado a um grau de maravilhamento - e quando tiver cento e dez anos, para mim , seja um ponto ou uma linha, tudo será vivo." (Katsuhika Hokusai, séc. 18-19)

31.7.09

A Magia do reflexo

A Magia do reflexo .............................................................................. (Este texto foi colado do site José Laércio do egito Para uso particular) ............................................................................ Quando estudamos o Mito Gnóstico de Sophia vimos que na creação do mundo se fez presente o fator reflexo. Diz o conto gnóstico “O Mito de Sophia”: Sophia querendo conhecer o Pai avistou o Seu reflexo e julgando ser Ele se direcionou para lá, mas na realidade o que encontrou foram somente reflexos. Sophia viu o seu próprio reflexo e acreditou ser o Pai, e mergulhou num mar de espelhos, mas tudo o que encontrou foram imagens dele refletidas. Na realidade, conforme nos ensina a Ordem do Espelho Divino - O.E.D. - Ordem do Espelho Divino, também chamada de Confraria do Espelho Sagrado, aquele conto não deve apenas ser tido como um simples mito e sim como algo bem real que reflete a origem da creação do próprio espírito e que por isto trata-se de um arquétipo primordial de todos os seres.

Não se pode negar que tal qual um arquétipo o “Espelho de Sophia” aflora à cada momento na mente das pessoas de todos os lugares e de todos os tempos, tanto é assim que existe um número eleva-do de pessoas que têm maus presságios, ou até mesmo sentem medo de se mirarem em espelhos refle-tindo algo guardado nas profundezas da mente.

Se nos reportarmos à história dos povos veremos que existe um grande número de superstições ligadas aos reflexos. Os espelhos muitas vezes provocam medo em muitas pessoas, mas também podem desenvolver intenso fascínio, por isto é que eles sempre estiveram presentes em muitos mitos. Desde os primórdios da humanidade as imagens refletidas surpreendem as pessoas gerando-lhes receios, crenças e criando histórias. Todos sabem o quanto uma imagem refletida atrai uma pessoa, normalmente quando em criança ela tende a ficar fitando a própria imagem refletida e imaginando o que está além daquele reflexo e isto é muito significativo, pois, muitas vezes, isto he condiciona estados ampliados de consciência abrindo assim as portas das percepções extrasensoriais. O que acabamos de dizer ocorre mais freqüentemente na infância desde que a maioria de nós, depois de adultos, passa a tratar o espelho como algo comum. Isto acontece em decorrência do processo de se condicionar as crianças a negarem. Assim inibe-se a criança, gera-se nelas um bloqueio de certas capacidades extrasensoriais ao dizer-lhe que aquilo que percebe trata-se apenas de ilusões, pelo que muitas vezes ela é até mesmo repreendida quando falta de algo incomum. Via de regra, não é aceita pelo comum dos a-dultos a capacidade de percepção das realidades que não fazem parte do mundo denso. Desta feita, i-números conhecimentos que afloram na mente infantil, quando na idade adulta são transformadas em fantasias e ilusões. Vale citar Laura Prestupa quando diz: A familiaridade gera desprezo e o desprezo entorpece as percepções simples, que estão vivas nas mentes das crianças e dos povos não civilizados. Tendo como base a mente aberta da criança para determinadas.

percepções é que muitos contos tornaram-se clássicos, como, por exemplo, o de “Alice no País das Maravilhas”. Alice penetrava num outro mundo através do espelho.

Se fizermos uma análise veremos que os povos primitivos acreditam que a alma de uma pessoa está sujeita a ficar presa num outro mundo quando a sua imagem é refletida num espelho, por isto é que povos como os zulus, por exemplo, nunca olham para um lago escuro porque acreditam que há seres que lhes roubam os reflexos, provocando-lhes a morte. Mesmo em cultura civilizadas, como por exemplo, as da Grécia e Índia existiam muitas: “superstições” ligadas aos reflexos, inclusive diziam que sonhar com a própria imagem refletida era presságio de morte.

Os povos nativos de todos os continentes normalmente têm muito medo de serem fotografados, pois segundo eles trata-se de um processo capaz de aprisionar. Uma fotografia, para um índio é algo capaz de, retendo o seu reflexo, manter o espírito prisioneiro. Para os nativos o mirar-se num espelho e ver-se a si próprio é perigoso, mas muito mais aquele “reflexo” tornar-se fixo, como acontece com uma fotografia. Segundo alguns sertanistas brasileiros, muitas tribos alegam que a destruição do povo índio tem sido uma conseqüência de muitos deles, especialmente os valorosos guerreiros serem iludidos pelo ho-mem branco que inicialmente os atraem com espelhos e depois lhes dão de presente conseguindo com isto atraí-los e depois aprisiona-los tornando-os vencidos mesmo antes de lutarem.

Na Mitologia Grega vamos encontrar o “Mito de Narciso” que mostra o quanto na Antiga Grécia mistérios eram imputados aos reflexos. O Jovem e belo Narciso ao mirar-se na superfície de um lago foi puxado para as profundezas afogando-se.

É costume bem comum nos meios menos intelectualizados se cobrir os espelhos ou virá-los para a parede, depois da morte de uma pessoa da casa, ou quando algum morador está doente afim de que outras pessoas não venham a ter o mesmo destino.

Também é prática comum se cobrir todos os espelhos da casa durante uma tempestade, pois e-xiste a crença de que eles atraem os raios. Transcrevamos as palavras e Edward Arnold: “Entre a humanidade de todo o mundo havia um receio comum pelos reflexos - tanto na água como quanto discos brilhantes – pelo seu poder de encan-tar a alma. Nos costumes populares antigos, encontramos muitas e variadas medidas de precaução destinadas a proteger dos espelhos a vida embrionária, a criança, ainda não nascida, ou recém-nascida e a sua mãe”. Edward Arnold, em “Etruscans in the Ancient World”. (l960, p. 9). Como conseqüência das experiências vivenciadas por inúmeras pessoas diante de um espelho, gerou-se a idéia da existência de espelhos com propriedades inusitadas, surgindo a idéia da existência de espelhos especiais que são conhecidos como “espelhos mágicos”. Os ocultistas estudaram muito a qualidade dos espelhos conseguindo criar os assim chamados espelhos mágicos

É bem conhecida a História de “A Bela Adormecida” que narra como a rainha cruel indagava a um espelho: “Mágico espelho meu, haverá no mundo alguém mais bonita do que eu?”

Embora existam espelhos preparados especialmente para determinados fins mágicos, queremos dizer que na realidade todos os espelhos podem ser usados de uma forma mágica, desde que eles podem abrir as portas das percepções. O trabalho prático dos Rosacruzes geralmente é realizado diante de um espelho usado como porta de percepções extrasensoriais. Pelo que estamos dizendo, um espelho não pode ser considerado como um simples objeto no qual a pessoa vê sua própria face ou mesmos como simples objeto decorativo. Eles têm poderes mágicos implícitos, por isto não é sem razão que entre os instrumentos de trabalho de um mago nunca faltam espelhos. Mas não é somente o trabalho de magia que envolve espelhos. Atualmente está ressurgindo com grande intensidade uma arte chinesa denominada Feng Shui. Trata-se de um sistema de harmonização das pessoas com o ambiente. Na decoração das casas, segundo os princípios do Feng Shui os espelhos em que ser considerados a sério desde que podem utilizados a fim de desviar a energia chi (Qi), ou ca-nalizá-la em determinados sentidos. O uso indevido de um espelho numa casa, segundo o que ensina o Feng Shui, pode determinar grandes desarmonias em decorrência de perturbações determinadas pelo fluir inadequadamente da energia Qi e causado por algum desvio inconveniente por ele provocado. Um espelho, portanto, deve ser colocado numa parede sabendo-se alguns princípios do Feng, do contrário está sujeito a surgirem problemas, inclusive de saúde. Um espelho, portanto, pode numa casa ser ou não ser benéfico.

Todos os espelhos, portanto, podem ser considerados objetos mágicos desde que podem atuar como portas interdimensionais. Por esta razão, independentemente de haver ou sido preparados segun-do os princípios da magia, desde tempos imemoriais eles têm sido usados para adivinhação , comunica-ção espiritual, viagem astral e projeção da consciência, etc.

Desde remota Antigüidade o espelho é usado para impedir ataques astrais. Sabemos que esse poder que os espelhos têm de impedir que a pessoa seja atingida por forças a nível astral, ele tem sido bem utilizado como meio de proteção do corpo bioplasmático. Na realidade muitas vezes nem é preciso a presença física do espelho para proteger uma pessoa de um ataque ao corpo bioplasmático, basta que ela se visualize como se a sua pele estivesse espelhada e conseqüentemente refletindo tudo o que lhe atingir. Segundo alguns princípios ensinados pela confraria esse tipo de visualização torna perigoso uma pessoa transmitir males a outrem, pois se esta estiver guarnecida da forma que mencionamos o mal é refletido e voltará exatamente para origem. Neste caso se o emissor não estiver devidamente guarnecido inexoravelmente ele será atingido pelo que enviou. Assim tratar-se-ia de uma forma de vingança, o olho por olho e o dente por dente. Por esta razão é que um mago evoluído prefere utilizar-se de um daqueles outros meios de proteção do corpo bioplasmático (Tema 266) Alguns povos da América Central herdaram dos Aztecas o costume de se colocar atrás da porta de entrada da casa um copo com água e por cima dele uma faca, para que um feiticeiro em projeção as-tral não consiga entrar e fuja por ver na superfície liquida a sua imagem refletida e trespassada pela faca. “Sonhar com espelho segundo a análise junguiana, tem a ver com a realidade objetiva do so-nhador, significando uma verdade que a pessoa não suporta encarar quando consciente”- Laura Prestuba.

O apóstolo Paulo, em II Coríntios 3:28 diz: “Mas todos nós, com cara descoberta refletindo, como um espelho, a glória do Senhor somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espirito do Senhor”.

Vejamos a citação de Laura Prestuba: “Encontramos também no Cap. XXXXVI, da Seção 8, a Universiti Books (Nova Iorque, p. 489, de E. Budge, a constatação de que os espelhos mágicos eram, e são até hoje, feitos de recipientes cheios de água clara, retirada de um poço ou rio”. O espelho funciona 10% no mundo material e o restante no mundo não físico.

Em palestra futura veremos muitos aspectos interessantes no tocante aos espelhos, sua impor-tância e explicaremos o porquê do poder dos espelhos. Agora queremos dizer que o poder dos espelhos não representa na verdade um poder intrínseco, algo inerente ao próprio espelho, mas a algo que está fora deles, especialmente na mente das pessoas em decorrência de um forte apelo arquetípico.

21.7.09

PELAPELE

TOM GASTON Fotos: Rogério S. Jacques ANÔNIMA Foto: Adreson Sá M!AU Foto: Adreson Sá
Estas são fotos de algumas pinturas que fiz sobre a pele de algumas pessoas.
"AMAR A PINTURA É QUERER TORNAR-SE TELA, TORNAR-SE ELA"

16.7.09

IDEAFIXA

Oi! Agora vocês também podem acompanhar meu trabalho atravez do site IDEAFIXA . Não deixem de acompanhar esta revista que é tão louca, divertida e colorida como a que aqui vos fala...

13.7.09

Espelhos não mentem, mas podem enganar

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Para os cientistas, a simplicidade e complexidade simultâneas dos espelhos os tornam instrumentos valiosos para explorar questões sobre percepção e cognição em seres humanos e em outras espécies com capacidades neurológicas. E eles são importantes também para investigar como o cérebro interpreta as ondas de informações sensoriais do mundo exterior.

Espelhos estão sendo utilizados para estudar como o cérebro distingue o 'eu' do 'outro', calcula distâncias e trajetórias de objetos e reconstrói a rica tridimensionalidade do mundo a partir de imagens instantâneas basicamente bidimensionais, captadas pelos tecidos achatados das células receptoras da retina.

Espelhos também são empregados na medicina, em que imagens refletidas de membros do corpo de pacientes enganam o cérebro e o estimulam a se curar. Terapias com espelhos têm tratado com sucesso distúrbios como síndrome do membro fantasma, dores crônicas e paralisias pós-derrame.

"De certa forma, os espelhos são o melhor sistema de 'realidade virtual' que podemos construir," disse Marco Bertamini, da Universidade de Liverpool. "O objeto 'dentro' do espelho é virtual, mas para os nossos olhos, ele existe tanto quanto qualquer outro objeto."

O doutor Bertamini e seus colegas também estudam a crença das pessoas acerca da natureza dos espelhos e suas imagens refletidas. Eles descobriram que quase todo mundo, até mesmo estudantes de física ou de matemática, tem impressões surpreendentemente equivocadas.

Outros pesquisadores descobriram que os espelhos podem afetar sutilmente o comportamento humano, quase sempre de forma positiva. Pessoas testadas numa sala com um espelho se mostraram mais esforçadas, mais prestativas e menos inclinadas a trapacear do que os grupos de controle que executavam os mesmos exercícios em um espaço sem espelho.

Em artigo publicado no Periódico de Personalidade e Psicologia Social, C. Neil Macrae, Galen V. Bodenhausen e Alan B. Milne relatam que as pessoas no recinto com espelho se mostraram comparativamente menos propensas a julgar os outros com base em estereótipos sociais, como, por exemplo, sexo, raça e religião.

"Quando induzidas a ser mais auto-conscientes, as pessoas ficam mais propensas a parar e pensar sobre o que estão fazendo," Bodenhausen disse. "Possivelmente, um subproduto dessa consciência é a inibição de atitudes impensadas em benefício de formas mais desejáveis de comportamento."

O auto-reflexo físico, em outras palavras, encoraja uma auto-reflexão filosófica, como um curso intensivo sobre a noção socrática de que não podemos conhecer ou apreciar os outros até que se conheça a si próprio.

Mas a técnica do espelho nem sempre evita reações impensadas. Quando se trata de formas socialmente aceitáveis de estereótipos, afirmou Bodenhausen, como tachar todos os políticos de mentirosos ou todos os advogados de desonestos, a presença do espelho pode estimular, ao invés de conter, os julgamentos simplistas.

A ligação entre autoconsciência e sociabilidade pode ajudar a explicar por que as poucas espécies não-humanas que se reconhecem no espelho são as que possuem sofisticadas vidas sociais.

Nossos sociáveis primos macacos - chimpanzés, bonobos, orangotangos e gorilas - bem como golfinhos e elefantes asiáticos passaram no famoso teste de auto-reconhecimento no espelho, o que significa que, na frente de um espelho, irão inspecionar marcas aplicadas em suas faces ou corpos. Os animais também farão uma análise de sua higiene pessoal, checando suas bocas, narinas e genitálias.

No entanto, nem todos os membros de uma espécie comprovadamente auto-reflexiva passam no teste do espelho. Surpreendentemente, afirmou Diana Reiss - professora de psicologia do Hunter College que estudou auto-reconhecimento no espelho de elefantes e golfinhos - "animais criados isolados parecem não se reconhecer na frente de um espelho."

Na verdade, os humanos também não vêem necessariamente seu rosto no espelho. No artigo "Espelho, Espelho Meu: Aprimoramento no Auto-Reconhecimento," no periódico A Personalidade e a Psicologia Social, Nicholas Epley e Erin Whitchurch descrevem experimentos em que pessoas tinham que se identificar em meio a um emaranhado confuso de rostos.

Os participantes identificaram seus retratos pessoais com mais rapidez quando seus rostos foram modificados digitalmente para parecer 20% mais atraentes. Quando apresentados a imagens melhoradas de si mesmos, imagens pioradas e imagens sem alterações, os participantes tenderam a afirmar que a imagem melhorada era seu rosto genuíno, sem retoques.

Esse Photoshop internalizado não é o simples resultado de uma preferência generalizada pela beleza: quando instruídos a identificar imagens de estranhos em uma rodada subseqüente de testes, os participantes se mostraram melhores em apontar os rostos sem retoques.

Como podemos nos enganar tanto quando a verdade está bem na nossa frente? "Apesar de nos vermos todos os dias no espelho, nós não parecemos exatamente iguais todas as vezes," explica Epley, professor de ciência do comportamento da Graduate School of Business, que integra a Universidade de Chicago.

Você tem a imagem desgrenhada matutina, a pronta para o trabalho, a vestida para um jantar elegante. "Qual delas é você?", pergunta. "Nossas pesquisas mostram que as pessoas, em média, solucionam a ambigüidade a seu favor, formando uma auto-imagem mais atraente do que realmente são."

Outros Enganos Quando olhamos para o espelho, nossa beleza relativa não é a única coisa que julgamos erroneamente.

Em uma série de estudos, Bertamini e seus colegas entrevistaram grandes quantidades de pessoas sobre o que elas achavam que o espelho lhes mostrava. Foram formuladas questões como, Imagine que você está na frente de um espelho no banheiro, quão grande você acha que a imagem de seu rosto será? E o que aconteceria com o tamanho dessa imagem se você desse um passo para trás, para longe do vidro?

A maioria esmagadora das pessoas costuma dar as mesmas respostas. Na primeira questão costumam dizer, "bem, o contorno do meu rosto no espelho deve ser praticamente do mesmo tamanho do real". Já na segunda questão, "isso é óbvio: se eu me afastar do espelho, o tamanho de minha imagem vai diminuir a cada passo".

Acontece que as duas respostas estão erradas. Delineie seu rosto em um espelho e verá que ele é exatamente a metade do tamanho de seu rosto real. Afaste-se o quanto quiser e o tamanho daquele traçado oval não vai mudar: vai continuar a metade do tamanho de seu rosto (ou metade do tamanho de qualquer parte do corpo que você estiver olhando), mesmo que a cena de fundo refletida no espelho mude constantemente.

É importante notar que essa regra da metade do tamanho não se aplica à imagem de outra pessoa que se move no recinto. Se você se sentar parado na frente do espelho e um amigo se aproximar ou se afastar, o tamanho da imagem da pessoa vai aumentar ou diminuir exatamente como seu senso inato diz que deve acontecer.

O que há em nossa imagem refletida que é tão contrário à nossa intuição? Devemos ter em mente que não importa o quão perto ou longe estamos do vidro refletor, o espelho está sempre meio caminho entre nossos corpos físicos e nossas projeções no mundo virtual, portanto, a imagem capturada no espelho é a metade do nosso tamanho real.

Rebecca Lawson, colaboradora de Bertamini na Universidade de Liverpool, sugere imaginar um gêmeo idêntico a você, ambos com cerca de 1,80m, parados um na frente do outro com uma divisória no meio. Qual seria o tamanho de uma janela nessa divisória para permitir que você enxergue todo seu gêmeo por inteiro?

A janela deve permitir que as luzes do topo da cabeça do gêmeo e da base dos seus pés alcancem você, Lawson disse. Essas duas fontes de luz se distanciam em 1,80m e convergem em seus olhos. Se a divisão está próxima de seu gêmeo, os pontos de luz superiores e inferiores apenas começaram a convergir, portanto a abertura deve ser quase o tamanho do corpo dele para que você possa enxergá-lo por inteiro.

Se a divisória está próxima a você, a luz está quase terminando de convergir, então a janela pode ser bem pequena. Mas se a divisória estiver bem no meio entre você e seu gêmeo, a abertura deve ser de 0,90m.

Sob uma perspectiva óptica, o espelho funciona de forma similar, Lawson disse, "com a diferença que, ao invés da luz vindo de um gêmeo diretamente através da janela, você se vê no espelho com a luz que passa por sua cabeça e por seus pés e é refletida para fora do espelho em direção a seus olhos."

Essa é uma divisória cuja posição não podemos mudar. Quando nos contemplamos no espelho, somos todos Narcisos, presos eternamente ao nosso duplo do outro lado.

[O texto foi retirado do site TERRA]

9.7.09

"...CONVENIÊNCIAS .&. CONVENÇÕES..." --- Coisas sem palavras

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"Como se poderia saber que as pregas da mão ou as rugas da face desenham no corpo dos homens o que são as inclinações, os acidentes ou os reveses no grande tecido da vida? Somente porque a simpatia faz comunicarem-se o corpo e o céu e transmite o movimento dos planetas às aventuras dos homens. (...)
"...Somente também porque a brevidade de uma linha reflete a imagem simples de uma vida curta, o cruzamento de duas pregas, o encontro de um obstáculo, o movimento ascendente de uma ruga, a escalada de um homem para o sucesso..." (...)
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"...A grande analogia do corpo e do destino é assinalada por todo o sistema dos espelhos e das atrações. São as simpatias e as emulações que assinalam as analogias." (pg.38)
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"...Em cada ponto de contato começa e acaba um elo que se assemelha ao precedente e se assemelha ao seguinte: e, de círculos em círculos as similitudes prosseguem retendo os extremos na sua distância..."(pg.22)
..................................................................................................... Trecho do livro "As palavras e as coisas" de Michel Foucault

3.7.09

DESVENDA - Feira de Arte Contemporânea

FEIRA DESVENDA

TODO PRIMEIRO DOMINGO DE CADA MÊS

DAS 16H ÁS 22H

TRAVESSA DOS VENEZIANOS,

Nº 30

Contatos:

desvenda@gmail.com